Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento do último recurso de Jair Bolsonaro contra sua condenação no inquérito do golpe, apoiadores do ex-presidente concentram esforços na aprovação de uma anistia pelo Congresso Nacional. O objetivo é evitar o cumprimento de pena, mas o calendário legislativo de 2025 apresenta desafios práticos para a aprovação da medida.
Calendário legislativo dificulta anistia
O projeto de anistia ainda tramita na Câmara dos Deputados. No entanto, as próximas duas semanas serão dedicadas a votações remotas em virtude da COP30. Essa restrição operacional impede que o presidente da Câmara, Arthur Lira, coloque o tema em pauta no período. A limitação temporal reduz as chances de avanço imediato na proposta, tornando o processo mais lento e incerto.
Pressão política e estratégias partidárias
Diante do impasse, líderes ligados ao ex-presidente buscam pressionar politicamente para acelerar a tramitação. O plano é colocar o projeto em votação logo após o período de sessões remotas, mesmo com poucas semanas restantes no calendário legislativo de 2025. A atuação dos parlamentares demonstra a intensificação da pressão à medida que o julgamento no STF avança, alinhando esforços legais e legislativos.
Impacto do atraso na aprovação
O atraso na votação compromete a possibilidade de aprovação da anistia ainda em 2025. Caso a Câmara avance com a proposta, o projeto ainda precisará ser analisado pelo Senado e receber sanção presidencial. O cenário atual indica que, apesar do empenho político, o caminho para a anistia enfrenta desafios logísticos e institucionais significativos.
O objetivo é livrar Jair Bolsonaro de cumprir pena relacionada ao inquérito do golpe.
As sessões remotas durante a COP30 impedem que o tema seja colocado em pauta.
O projeto ainda precisará passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente.